Brasil renova acordo automotivo com a Argentina
fonte: mdic
Documento estabelece retomada do sistema “flex” na proporção
de 1,5.
Comitê Automotivo garantirá cumprimento de bases acordadas
Buenos
Aires - Argentina (11 de junho) - Os governos do Brasil e da Argentina assinaram
nesta quarta-feira, em Buenos Aires, a prorrogação do Acordo sobre a Política
Automotiva Comum de 1º de julho de 2014 a 30 de junho de 2015. O texto prevê
que o Comitê Automotivo fará o monitoramento constante do comércio bilateral
para garantir que todas as bases acordadas sejam cumpridas.
O documento
estabelece ainda a retomada do sistema "flex" na proporção de 1,5. A
definição do percentual garante previsibilidade e fluidez no comércio
bilateral, além de assegurar margem de conforto para a indústria brasileira. A
proporção está dentro dos níveis históricos de comércio efetivamente realizado
entre os dois países no período de vigência do atual acordo.
"O
fato de o documento ter sido chancelado pelas presidentas Dilma Rousseff e
Cristina Kirchner garante força política e é um passo importante para o setor
dos dois países. Com isso, Brasil e Argentina agora figuraram entre os
principais produtores e mercados fortes e laços estratégicos. Esse é mais um
passo para uma medida mais ambiciosa a partir de 2015", afirmou Mauro
Borges.
O documento
possui três anexos. O primeiro deles estabelece as bases para a discussão do
acordo que vigorará a partir de julho de 2015.
Há previsão
da construção de uma política industrial comum para o setor de autopeças. Além
disso, como temas de discussão, estão novos requisitos de origem para favorecer
o desenvolvimento competitivo do setor de autopeças na região, a aplicação de
normas técnicas comuns e a elevação dos níveis de segurança dos veículos
produzidos nos dois países.
O segundo
anexo traz a nomenclatura técnica dos componentes contemplados no acordo. Já o
terceiro trata de protocolo de intenções firmado entre representantes dos
setores produtivos de Brasil e Argentina nos segmentos de fabricação de
veículos automotores e de autopeças.
Pelo
protocolo, os setores produtivos (Anfavea e Sindipeças do lado brasileiro e
Adefa, Afac e ADIMRA do lado argentino) comprometem-se a manter participação
mínima nos respectivos mercados de veículos nas seguintes proporções: 11% de
automóveis argentinos no Brasil e 44,3% de brasileiros na Argentina.
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