Greve dos Auditores da Receita Federal
será intensificada
Os auditores fiscais
da Receita Federal que atuam no Porto de Santos aprovaram a operação
desembaraço Zero a partir da próxima segunda-feira. Além disso, caso o acordo
salarial da categoria não seja aplicado até o próximo dia 31, haverá greve a
partir de 1º de novembro. No setor, há o temor de que, com a aproximação
do Natal, o desembarque de produtos sofra atrasos e os exportadores recorram ao
transporte aéreo para fugir dos custos excedentes.
De acordo com o
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), cada dia de paralisação
na Alfândega do Porto de Santos causa um atraso do recebimento de R$100 milhões
em impostos federais. Além disso, há um acúmulo de cerca de 3 mil contêineres,
que ficam represados no complexo. Cargas que normalmente são desembaraçadas em
24 horas poderão ter de esperar até cinco dias pela autorização.
A operação
Desembaraço Zero prevê somente a liberação de cargas consideradas essenciais,
como remédios, insumos hospitalares, animais vivos e alimentação de bordo para
tripulantes de navios. No entanto, os outros setores da Alfândega, como
atendimento ao público, funcionam, o que não acontecerá se for deflagrada a
greve no mês que vem.
Nas delegacias da
Receita Federal, responsáveis pela arrecadação de tributos, passará a vigorar a
operação Meta Zero. Nela, os auditores fiscais executam serviços que
correspondem aos 30% mínimos necessários por setor, além de outras demandas
definidas como prioritárias pela lei.
Para o
diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de
São Paulo (Sindamar), José Roque, o consumidor final será o mais prejudicado
com as paralisações, pois os custos adicionais serão incorporados aos preços
das cargas.
“Isso pode provocar o
encalhe de determinados produtos sazonais ou então obrigar o importar a reduzir
o seu ganho para não encalhar o seu produto”, explicou.
O executivo destaca
que as paralisações inviabilizam a garantia dos compromissos assumidos por
exportadores e importadores, o que gera perda de credibilidade do País.
Fonte: A
Tribuna
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