Brasil assina
acordo Mercosul-Colômbia que beneficia exportações brasileiras
Novo acordo de
Complementação Econômica (ACE) foi assinado hoje entre Brasil, Argentina,
Paraguai, Uruguai e Colômbia
Mendoza (21 de julho) – Os ministros
Marcos Pereira (MDIC) e Aloysio Nunes Ferreira (MRE) assinaram hoje, em
Mendoza, na Argentina, pelo governo brasileiro, o novo Acordo de Complementação
Econômica (ACE) entre o Mercosul e a Colômbia. O ACE, firmado ao amparo da
Associação Latina Americana de Integração (Aladi), aprofunda as relações
comerciais entre os países signatários.
Segundo Marcos Pereira, o novo acordo vai
beneficiar as exportações brasileiras porque melhora as condições de acesso do
Brasil ao mercado colombiano principalmente para produtos automotivos, têxteis
e siderúrgicos. “É importante dizer que o acordo assinado hoje também amplia a
possibilidade de negociação para novas áreas, abrindo uma janela para a
facilitação de comércio e medidas não tarifárias”, acrescentou.
O novo acordo consolida o acesso
preferencial previsto no Acordo de Complementação Econômica nº 59 e
as iniciativas negociadas entre a partes ao amparo do atual acordo e que ainda
não haviam sido referendadas. Assim, o novo instrumento ampliará as
preferências pactuadas nos setores têxteis e siderúrgicos, permitindo a
desgravação total das alíquotas do Imposto de Importação aplicadas a esses
segmentos e possibilitará, em breve, a entrada em vigor do acordo automotivo
assinado entre o Brasil e a Colômbia em 2015. O acordo automotivo, além
de zerar alíquotas de importação, prevê a concessão de 100% de preferência para
veículos dos dois países, com cotas anuais crescentes. No primeiro ano, serão
12 mil unidades, no segundo, 25 mil, e a partir do terceiro, 50 mil unidades.
Para o ministro Marcos Pereira o acordo automotivo
com a Colômbia é de grande importância para a indústria brasileira. “A Colômbia
é um excelente mercado para os veículos fabricados no Brasil, devido à
proximidade geográfica. Todas as empresas instaladas no Brasil - que possui a
maior indústria automotiva da América do Sul e uma das maiores do mundo -
vão ser beneficiadas com este acordo”, declarou.
O ministro disse ainda que o novo acordo
também proporcionará maior agilidade nas tomadas de decisão e vai colaborar
para criação de um novo cenário para as relações econômicas e comerciais na
região latino-americana.
Intercâmbio Comercial
Em 2016, as exportações brasileiras para a
Colômbia cresceram 5,7% em relação ao ano anterior, passando de US$ 2,115
bilhões para US$ 2,235 bilhões. No mesmo período, as importações brasileiras da
Colômbia diminuíram 23,7% em relação ao ano anterior. Assim, a balança
comercial com a Colômbia resultou em superávit de US$ 1,327 bilhões para o
Brasil em 2016. No ano anterior, houve superávit de US$ 926 milhões.
No ano passado, a pauta de exportações
brasileiras à Colômbia foi formada, principalmente, por produtos manufaturados
(88%). Os principais produtos brasileiros exportados para a Colômbia em 2016
foram: automóveis de passageiros; óleos brutos de petróleo; polímeros de
etileno, propileno e estireno; pneumáticos; preparações para elaboração
de bebidas; produtos laminados planos de ferro ou aço; veículos de carga;
medicamentos para medicina humana e veterinária; partes e peças para veículos
automóveis e tratores; e motores para veículos automóveis e suas partes. Os
principais produtos importados pelo Brasil da Colômbia em 2016 foram: hulhas;
policloreto de vinila (pvc); polímeros de etileno, propileno e estireno; coques
e semicoques de hulha,de linhita ou de turfa,etc ; inseticidas, formicidas,
herbicidas e produtos semelhantes.
De janeiro a dezembro de 2016, 3.659 empresas
brasileiras realizaram exportações à Colômbia, um crescimento de 6,6% em
relação a 2015 (3.434 empresas). Nas importações também houve crescimento. O
número de empresas brasileiras que compraram produtos de empresas colombianas
aumentou 2,4% em 2016, passando de 669 para 685 empresas importadoras.
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