Mapa lança painel de comércio exterior no Observatório da
Agropecuária Brasileira
O painel traz dados de importações, exportações do agronegócio e insumos.
Os dados serão atualizados mensalmente
Ferramenta de pesquisa de informações detalhadas sobre a agricultura,
o Observatório
da Agropecuária Brasileira lançou, nesta terça-feira (16), mais
um painel estatístico: o Comércio Exterior Agropecuário. A nova solução
traz um panorama do agronegócio brasileiro no mercado externo de forma
prática e acessível.
O Observatório da Agropecuária Brasileira sistematiza, integra e
disponibiliza um conjunto de dados e informações da agricultura e
pecuária do país - e também mundial -, provendo subsídios aos processos
de tomada de decisão e de formulação de políticas públicas.
Dentro do painel, o usuário poderá, com facilidade, visualizar os números
que representam o comércio de um dos mais importantes segmentos do país.
A plataforma oferece ainda números de importações e exportações do
agronegócio, consolidados pelo Agrostat (Sistema de Estatísticas de
Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro, e também de insumos,
ampliando as possibilidades de cruzamento e de visualização dos dados.
Mapas, gráficos e tabelas tratam do volume e valores comercializados por
local de origem e mercados de destino, setores, subsetores, produtos e
outras informações para pesquisadores, estudantes e interessados no
setor.
A base de dados do novo painel tem como fontes o Sistema Integrado de
Comércio Exterior (Siscomex), do Ministério da Economia, e o Agrostat,
pertencente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa). Os dados serão atualizados mensalmente a cada divulgação pelas
fontes.
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Destaque para fertilizantes
Nesta primeira versão, somente os fertilizantes foram reunidos no
agrupamento dos insumos. O Brasil é responsável, atualmente, por cerca de
8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição, atrás
apenas da China, Índia e dos Estados Unidos.
Fertilizantes são definidos como substâncias minerais ou orgânicas,
naturais ou sintéticas, que desempenham a função de fornecer nutrientes
necessários para o desenvolvimento das plantas, desde a germinação até a
produção de frutos e sementes.
O insumo é vinculado à possibilidade de aumento de produtividade
agrícola, quando a aplicação é realizada de forma consciente e
equilibrada, conforme a necessidade de cada cultura e de cada tipo de
solo.
De acordo com dados do Siscomex e que podem ser obtidos no Observatório,
no Brasil, entre 2013 e 2021, houve uma elevação de quase 50% no volume
de fertilizantes entregues no mercado nacional, passando de 30,7 milhões
de toneladas para 45,8 milhões de toneladas, como reflexo do aumento da
produção e produtividades agrícolas.
Apesar disso, os insumos são majoritariamente fornecidos pelo mercado
externo. Em 2021, 85% dos fertilizantes foram provenientes da Rússia,
China e do Canadá. Nesse contexto, gestores públicos buscam ações e
estratégias para reduzir a dependência externa do suprimento de
fertilizantes para o mercado interno como, por exemplo, o Plano
Nacional de Fertilizantes.
O Plano tem o objetivo de fortalecer políticas de incremento da
competitividade da produção e da distribuição de fertilizantes no Brasil
de forma sustentável.
Exportações
O agronegócio do Brasil exportou, de janeiro a julho deste ano, US$ 93
bilhões, um crescimento de 29% sobre o mesmo período do ano passado. Além
do grande volume exportado, um destaque é a elevação dos preços
internacionais dos produtos agropecuários, em especial para o milho e
soja, que chegaram aos maiores patamares da história.
Estima-se que o país deve exportar em 2022, somente do complexo soja
(óleo, farelo e grão), um valor recorde de US$ 59 bilhões, sendo que em
2021 esse valor foi de US$ 48 bilhões, de acordo com Siscomex.
O saldo comercial do agronegócio até o momento atingiu US$ 84,5 bilhões,
com crescimento de 33% sobre o mesmo período do ano passado.
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Acesse o painel Comércio Exterior Agropecuário
Fonte: MAPA
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